"Digno é Deus, o criador, de toda honra e toda glória para todo o sempre".

Pesquisar pedacinhos

18 de dez. de 2011

Destruindo troféus.



Estou destruindo troféus.

Minhas mãos que se atrofiam a cada crime são minha própria justiça.
Estou destruindo troféus

Os mais cobiçados.
Eu os dizimei.
Mas há um que eu ainda não ganhei.

Motivo de minha persistência. 
Existência.
Vencer,
Morrer. 
Amor 

Roubando sonhos das nações





Estou roubando sonhos das nações.

Esperando pelo vermelho sob o azul que não tenho. 

Abandonando momentaneamente a cor luz que se apagou dos meus olhos.

Estou roubando sonhos das nações.

Eu tenho o poder parcial em minhas mãos.

Posso satisfazer meus instintos se você resolver viver,

mas se estiver morto fora de meus braços, posso velar seu corpo sob o meu.

Faça-me então.




27 de nov. de 2011

A busca


                                                                      
                                                                                                           E era a Besta, sem sinais.

                                                              Estava perambulando pela própria mente.

                                                    Pela carne podre sentia desprezo.

                                            Ela amava pedaços perdidos, ela os devorava.

                          E era a Besta sem sinais, e ao seu encontro a luxúria. 

                                  Rica, exuberante em si mesma.

                    Ainda há quem embriagasse com seu perfume.


~~~~~~~~~§~~~~~~~~~~


                 E era o amor, preso no coração dos inocentes.

                                A Besta buscava por ele e a luxúria o tinha perdido.

 Então, passou a vagar pela Terra na esperança de 

encontrá-lo em outro coração tolo.

                                                                     Meu próprio coração.

7 de nov. de 2011

Origem, repúdio








Fui atraído hipnoticamente pela larva da terra,

Origem minha

mãe terra.



Uma parte oculta de mim se achegou ao Rei Ardente.

Não fora da minha possibilidade de existência, mas do próprio núcleo dela.




Meu corpo que em chamas suplicava pelo amor, encontrou se no enganoso e perturbador hospício.

Peregrinemos então ao santuário para o batizado cotidiano,

 pois não posso ouvir o canto dos anjos que outrora eram meus amantes.




Exultemos então,

 e roguemos pela salvação.

19 de out. de 2011

In memoriam






Piano e notas musicais quebram o silêncio que você deixou.
Uma pausa e um soluço profundo.
In memoriam do amor eu canto.


Morrerás nesta noite em que velo por ti, não renascerás de lágrimas, nem das lembranças, pois hoje se fez meu último ritual.


Eu ouvi, como no inverno  em que nos conhecemos, a chuva gritando nosso nome,
fertilizando meu coração estéril e o vento sussurrar uma prece o nosso favor: 
omnia vincit amor.


Fez se o amor, mas tu o mataste dentro de ti e deixaste vivo dentro de mim. 
Como há ressurreição da tua parte se estou a velar o teu amor agora.
 Ao som do meu velho e companheiro piano,In memoriam do amor eu canto:


Morrerás nesta noite em que velo por ti, não renascerás de lágrimas, nem das lembranças, pois hoje se fez meu último ritual.


Não há nada além de lembranças.
Te vejo ao por do sol da minha janela.
Não resta mais nada além da minha canção, minha prece diária


Morrerás nesta noite em que velo por ti, não renascerás de lágrimas, nem das lembranças, pois hoje se fez meu último ritual.

3 de set. de 2011

Rainha da Noite







Ruborizou-se a face dos céus,
Rasgaram suas vestes em prantos, os boêmios,
Pois morreu a meretriz, 
Rainha da Noite. 


Rasgam sua pele e a estendam sobre os corpos frios dos solitários.
Com seu sangue, saciai a sede dos chamados amantes da noite.

Crememos seu corpo e pulverizamos sobre o corpo nu das metrópoles.
Seu pecado se dissipará sobre todos.


Das cinzas do seu coração faremos sinais nos sexos dos boêmios.
E estes estarão presentes no dia do despertar da meretriz.

12 de jul. de 2011

Renascido

Estou nascendo novamente,

Renascendo do vômito dos natimortos.

A cada crepúsculo, renascendo,

E morrendo a cada alvorada.

Reinarei sobre a Nova Nação.

Os chamados Nova espécie humana.

Sob meu pés vejo minha nação se erguendo,

Filhos meus, híbridos,

O cheiro de seus sexos me embriaga, me enaltece.

Peregrinem ao meu submundo, antes do meu próximo renascimento.

Marchem em direção ao meu trono, para que eu beije suas bocas em sinal de batismo.


26 de jun. de 2011

A vinda






A sua santidade está chegando no vilarejo ao norte.
Logo estará em nosso povoado.

Bebam de mim,
Purifiquem-se com meu pecado até a sua vinda.

Abriguem-se sob a sombra dos próprios corpos,
Desnudam-se das máscaras que outrora eram aceitáveis.

Refugiem-se no submundo de meus sentimentos e verão do que os vermes são capazes.
Compaixão?

Meu veneno os alegra e os embriagam nos dias de festa.
Levantem suas taças e brindemos a morte do amor.

23 de jun. de 2011

Selo Prêmio Sunshine Award - 2011


   
     Costumo dizer que depois dos comentários a melhor forma de reconhecimento do seu trabalho como blogueiro é ser indicado a selos. Recebi um Selo Prêmio muito lindo, o “Sunshine Award”, do blog Poesia sem Versos, o blog da minha querida Katrine.
 O Blog Poesia sem Versos é um blog que me identifico muito,vale a pena estar acompanhando seus posts, que vem sempre acompanhados de uma música de excelente bom gosto. 
Agradeço a Katrine pela presença no Pedaços de Mim  e pelo reconhecimento do meu trabalho. Agradeço também a todos o leitores pelo incentivo, seja por meio de comentários ou apenas por prestigiar meu trabalho.
 Não consigo me conter, então vou dizer logo que em breve teremos um post em parceria com o Poesia sem Versos. Aguardem!

Dando continuidade, segue as regras:

1ª - Agradecer a quem lhe enviou
2ª - Escrever um post sobre ele
3ª - Mencionar no post os blogs selecionados
4ª - Avisá-los sobre o recebimento do mesmo


PS= Como fiquei um tempo afastado e perdi contato com alguns blogs que julgo merecedores, vou deixar as indicações pendentes e assim que tiver decidido eu divulgo em nota.

12 de jun. de 2011

Festividade das Essências




Eis me aqui, desolado,
como nos séculos de minha juventude sobre meu próprio túmulo esperando as belas rosas-negras
meu sonho cotidiano.


Hoje é o dia da Festividade das Essências.
Ao meu redor milhares de anjos seguram rosas-negras.
O cemitério está exuberante com flores raras do submundo.
Anjos exibem suas asas que embevecem a outros.


Epitáfios dão lugar a frases humanas do chamado amor que,
encantadas, se entrepõem formando uma deslumbrante história com final feliz.
O coral das corujas entoam canções jamais cantadas,
já os corvos seguem a tradição com uma melodia mais clássica.


Ao abrir a cortina de nuvens,
a Lua, madrinha da noite, anuncia a todos o inicio da festividade.
A abertura é iniciada com quatro casais de morcegos
sobrevoando de forma coordenada compondo uma entusiasmada dança no ar.


É chegado o momento mais esperado da festividade.
Nesse instante o Outono contribui com suas habilidades,
sopra uma brisa por sobre as árvores causando uma lenta "chuva" de folhas;
encantadas com o brilho da lua.


Algo extraordinário.
A lua se esforça e intensifica seu brilho,
refletindo nas folhas sua paixão pelo dia de hoje.
É como se cristais caíssem do céu em nesta noite tão negra quanto o que sinto agora.


Olho para o epitáfio na esperança de haver alguma mensagem,
mas o que vejo é a mesma história que escrevi antes estar aqui que dizia:
“ ....desculpe se te amei demais a ponto de viver minha vida toda à sua espera, assim como faço até hoje, volte logo amor.”

31 de mai. de 2011

Santuário





Fodam-se os monges,
E suas vãs filosofias

Fodam-se os padres,
E sua água benta que intoxica

Fodam-se os Pastores
Pois me perdi em seu rebanho

Fodam-se os pais de santo e bruxos do amor,
Seus rituais somam séculos a minha aparência.

Fodam-se os beijos impuros de traição,
Fodam-se se os rituais e os vermes de falsos amores,

Pois é único, o anjo que amo,
Aquele que se achegou ao santuário que habita em mim.




25 de mai. de 2011

Te amar, te amar e te amar



É que o destino não faz sentido,
É que não me dou por vencido,
Em contentar-se sem seu sorriso,
Sem seu amor, seu corpo abrigo.
Ter que enfrentar meu inimigo…
O tempo que me dopou.

É que os anjos são meus amigos,
É que o cupido me fez ferido,
É que nosso amor é infinito,
Ter que enfrentar meu inimigo…
O vazio que em mim ficou.

É que já não sei se estou vivo,
É que não vejo o colorido,
É que minha alma tem se esvaído,
Sem direção tem percorrido,
O submundo desconhecido,
Do inimigo tenho temido,
Ter levado você de mim.

É que a insanidade que hoje vivo,
Me fez crer que eu só vivo,
Se eu tiver você comigo,
E é por isso que está escrito,
Sob minha pele que é infinito,
E sempre eterno o amor que sinto,
Mesmo que não me permito…
Te amar, te amar e te amar…

10 de mar. de 2011

Aquarela




Sonhei...
Sonhei que tinha me tornado o único homem na Terra.
Que era apenas eu...
Eu e minhas recordações, companheira...
 Lembranças do Amor Verdadeiro,


Passávamos os dias percorrendo a Terra de mãos dadas em busca de mim mesmo.
De algo que fizesse sentido.
 Tudo em vão.


Cansado, deitei no gramado e fiz das lembranças uma aquarela
 e na imensidão do céu azul desenhei seu sorriso,
 e somente ele pude desenhar.


Daí então, todos os dias após o pôr do sol, deitava no gramado esperando o cair da noite
para ver as estrelas formarem o seu sorriso e só assim  poder adormecer.


1 de mar. de 2011

Quando o outono chegar...




Quando o outono chegar...

 Eu quero estar contigo sob uma árvore enorme, deitados olhando por entre as folhas o infinito azul do céu.

Quando o outono chegar...

Quero estejamos  de mãos dadas enquanto caminhamos pelas trilhas de um parque como que numa corda 
bamba e escutar os estalar das folhas secas da estação.

Quando o outono chegar...

Quero ter aprendido a tocar aquela canção que me lembra você, e mesmo que desafinado cantar só para ver você sorrir de mim.

Quando o outono chegar...

Quero te entregar as cartas que escrevi no inverno   
       
Quando o outono chegar...

Quero sentir a mesma sensação do primeiro beijo...

Quando o outono chegar...

Quero sorrir para a vida, sorrir à toa por saber que se passaram as estações, mas de modo algum o amor que sinto por você.

1 de fev. de 2011

Rosas



Rosas, Rosas , Rosas
sangue, rosas, sangue
sinos, sinos, ecoando dentro de mim.
Rosas, Rosas , Rosas
sangue
Você me tocando, assim
posso gemer, sussurrar, mas ...
rosas, sangue, rosas, sim



Beba mais um pouco de mim,
Rosas, Rosas , Rosas
sangue, rosas, sangue
sinos, sinos, ecoando dentro de mim.
Rosas, Rosas , Rosas
sangue
Você me tocando, assim
posso gemer, sussurrar, mas ...
rosas, sangue, rosas, sim
Gotas de mim, pingando sobre sua boca sedenta
Essência de mim
Rosas, Rosas,Rosas
sinto perfume de rosas
Das mesmas que colhia na infância.
No jardim do  monastério abandonado.

16 de jan. de 2011

A Peregrinação


Daqui de cima posso vê-los marchando novamente.
Aos milhares.
Foram despertados pela ausência do Sol.


Sedentos,avançam vorazmente em direção a Praça da Desilusão.
Anseiam pela minha alma nua,exposta pela milésima vez no Altar Principal.
Povos de todas as tribos da terra peregrinam a Cidade Maior.


Mais uma vez o Ritual se inicia, e meu corpo é consumido por vermes de falsos amores.
Sussurros ecoam pela praça e o momento mais esperado chega.
Todo o altar reluz e meu sangue dourado escorre caindo na taça cor escarlate, cuidadosamente posicionada para receber meu sangue.
Líquido da imortalidade.


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