Minha alma está rasgada e entregue à Dor que, melancólica, de olhos negros e vazios como a noite sem você, acaricia meus cabelos úmidos. Por que a Dor tem que me fazer companheira quando tu não estás aqui? Porque ela insiste em sentar à beira da cama e sussurrar devaneios e poemas mortos em meus ouvidos já cansados de ouvir essa enfadonha marcha fúnebre que me atormenta? Estarei morto. Morto aos pés da Dor, minha companheira, outrora inimiga, mas que me afaga os cabelos agora.