"Digno é Deus, o criador, de toda honra e toda glória para todo o sempre".

Pesquisar pedacinhos

26 de jun. de 2011

A vinda






A sua santidade está chegando no vilarejo ao norte.
Logo estará em nosso povoado.

Bebam de mim,
Purifiquem-se com meu pecado até a sua vinda.

Abriguem-se sob a sombra dos próprios corpos,
Desnudam-se das máscaras que outrora eram aceitáveis.

Refugiem-se no submundo de meus sentimentos e verão do que os vermes são capazes.
Compaixão?

Meu veneno os alegra e os embriagam nos dias de festa.
Levantem suas taças e brindemos a morte do amor.

23 de jun. de 2011

Selo Prêmio Sunshine Award - 2011


   
     Costumo dizer que depois dos comentários a melhor forma de reconhecimento do seu trabalho como blogueiro é ser indicado a selos. Recebi um Selo Prêmio muito lindo, o “Sunshine Award”, do blog Poesia sem Versos, o blog da minha querida Katrine.
 O Blog Poesia sem Versos é um blog que me identifico muito,vale a pena estar acompanhando seus posts, que vem sempre acompanhados de uma música de excelente bom gosto. 
Agradeço a Katrine pela presença no Pedaços de Mim  e pelo reconhecimento do meu trabalho. Agradeço também a todos o leitores pelo incentivo, seja por meio de comentários ou apenas por prestigiar meu trabalho.
 Não consigo me conter, então vou dizer logo que em breve teremos um post em parceria com o Poesia sem Versos. Aguardem!

Dando continuidade, segue as regras:

1ª - Agradecer a quem lhe enviou
2ª - Escrever um post sobre ele
3ª - Mencionar no post os blogs selecionados
4ª - Avisá-los sobre o recebimento do mesmo


PS= Como fiquei um tempo afastado e perdi contato com alguns blogs que julgo merecedores, vou deixar as indicações pendentes e assim que tiver decidido eu divulgo em nota.

12 de jun. de 2011

Festividade das Essências




Eis me aqui, desolado,
como nos séculos de minha juventude sobre meu próprio túmulo esperando as belas rosas-negras
meu sonho cotidiano.


Hoje é o dia da Festividade das Essências.
Ao meu redor milhares de anjos seguram rosas-negras.
O cemitério está exuberante com flores raras do submundo.
Anjos exibem suas asas que embevecem a outros.


Epitáfios dão lugar a frases humanas do chamado amor que,
encantadas, se entrepõem formando uma deslumbrante história com final feliz.
O coral das corujas entoam canções jamais cantadas,
já os corvos seguem a tradição com uma melodia mais clássica.


Ao abrir a cortina de nuvens,
a Lua, madrinha da noite, anuncia a todos o inicio da festividade.
A abertura é iniciada com quatro casais de morcegos
sobrevoando de forma coordenada compondo uma entusiasmada dança no ar.


É chegado o momento mais esperado da festividade.
Nesse instante o Outono contribui com suas habilidades,
sopra uma brisa por sobre as árvores causando uma lenta "chuva" de folhas;
encantadas com o brilho da lua.


Algo extraordinário.
A lua se esforça e intensifica seu brilho,
refletindo nas folhas sua paixão pelo dia de hoje.
É como se cristais caíssem do céu em nesta noite tão negra quanto o que sinto agora.


Olho para o epitáfio na esperança de haver alguma mensagem,
mas o que vejo é a mesma história que escrevi antes estar aqui que dizia:
“ ....desculpe se te amei demais a ponto de viver minha vida toda à sua espera, assim como faço até hoje, volte logo amor.”
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