"Digno é Deus, o criador, de toda honra e toda glória para todo o sempre".

Pesquisar pedacinhos

4 de dez. de 2012

Beijo





Eu quero é um abraço gostoso,
Seguido de um longo beijo,
Beijo despretensioso,
Inocente e dengoso,
Daqueles de fazer tirar o fôlego
E de calar o choro.

Beijo quente, fervente ardente...
Beijo
Beijo
Beijo à moda amor,
De cada cor
De cada flor
Beijo que cessa a dor,

Eu quero um beijo que resista a cada estação
Que ressuscite do chão,
Meu velho coração
Que espera em dor,
Sem cor,
Por
sé-cu-los

Um beijo do próprio Amor.

14 de abr. de 2012

Lacrĭma






Olhos meus.
Testemunha do amor verdadeiro
Do sorriso do único anjo na Terra.


Olhos meus,
De tu fluem lágrimas amargas feito fel.
Que desaguam no oceano de meus lábios,
Os mesmos que profetizaram a morte e ressurreição do verdadeiro amor.
Amor esse que vive em mim em espírito
Mas que seu corpo vaga pela Terra.


Seus lábios, sim
Seus lábios me negam, mas seu espírito vivente,
Dentro de mim chama por meu nome.



Olhos meus,
Tuas fontes de lágrimas secaram,
Mas apenas até a ressurreição do Verdadeiro Amor.
Somente até a próxima estação.

28 de mar. de 2012

O último amor do mundo





E se achegou a mim o anjo perdido,

Buscando a inocência somada à dor,

O retorno de sua presença a Terra me fez escravo

Anjo corrupto que se apossou de mim.

Mil demônios em seu silêncio,

Tocam profundamente as feridas de outras eras.

Menosprezando o 
Eu verdadeiro”
Destruindo o fruto perfeito- AMOR
Olhando fixamente meu corpo já inerte, está ele.

O Diabo dos meus sonhos,

Aspergindo lágrimas de solidão sobre minha alma,
Eterna covardia.
Anunciando a morte do “último amor do mundo”

“E de mim, se aproxima tu,

Demônio de olhos tristes,

De lágrimas sujas, de essência ferida...

Um coração tão partido
Que nem sinto pulsar...



Que sangue escorre sem vida a derramar,

Qual eu existe em você?

Em qual inferno ousou aterrissar?
Na tua própria alma gelada,
Ou no arder dos teus pecados insanos?


E anuncia o anjo,

A chegada do inverno,

Do vazio
Que é eterno...

Do amor que jaz sob esse mar congelado,
O último amor de um mundo todo alienado
Que vivo permanece nessa essência covarde,
E nunca existiu para dignificar sua morte...



*Poema em parceria com a Katrine do blog Poesia sem versos

12 de fev. de 2012

Mito.otiM



O cupido deixou de ser mito
Quando trouxe uma paixão,
Apenas uma paixão


O cupido já não é tão irreal.
Não é um anjo.


Veio para confundir o amor com paixão.


Posso rir sentado sobre seus ossos agora,
Sobre seu túmulo sem epitáfio...


Restaram apenas ossos e flechas,
As mesmas que usei para me masturbar quando ainda era
Apenas mais um humano.

1 de fev. de 2012

Sobrevivente






Sobrevivente
 Mundo
 Não cabe
 Em mim.
Conceitos
 Ultrapassados
Quebre
 Conceitos
 Vidro
 Cristalino
Corte-me
Ritual...

Estou sentado sobre meus conceitos,
Sendo forçado a quebrá-los,
R-O-M-A-N-T-I-S-M-O

Mas sou apenas um homem híbrido,
Forçado a reinventar meu próprio romantismo,
Romantismo nato em mim.


Ensina-me a língua humana,
Língua minha, língua estranha.



Sou apenas um homem híbrido,
Forçado a reinventar meu próprio romantismo,
Romantismo nato em mim.


“E virão tempos em que teu romantismo se desprenderá de teu coração e vagará pela terra em busca de outro eu.”
Assim disse a falha bola de cristal humana,
Profana,
mundana,
 insana.


Mas continuo sendo apenas um homem híbrido,
Forçado a reinventar meu próprio romantismo,
Romantismo nato em mim.


27 de jan. de 2012

Mil Castelos




Construí mil castelos de areia, e dez mil príncipes de vento.
Os castelos desmoronaram sobre mim, mas o maldito vento ainda sopra minha alma,
inquieta alma.


Construí mil castelos de areia e dez mil guardas de papel, que
transformaram-se em cartas de amor com palavras ditas:
não te amo mais


Construí mil castelos de areia e muitos súditos feitos de lágrimas.

Os súditos se revoltaram contra o rei e as lágrimas voltaram a sua origem :
olhos meu.


*Republicação 

24 de jan. de 2012

Pedaços de Mim







Pedaços de mim
Quem um dia foram compostos por teu sorriso



Pedaços de mim
Que  viveram a morte e a vida



Pedaços de mim
Gritam pelo inteiro que já se foi



Pedaços de mim
Clamam pelo teu corpo que os tocaram

Pedaços de mim
Somam as chagas que sofri



Pedaços de mim
Subtraem o amor que vivi



Pedaços de mim
Exalam perfume da luxúria que não tive



Pedaços de mim
Imploram pela ressurreição



Pedaços de mim
Observam você ressurgir de um sorriso



Pedaços de mim
Lentamente se recompõem ao que um dia você se apaixonou perdidamente:



Pedaços de mim.


*Republicação
Share |